sábado, 5 de junho de 2021

A Casa Abandonada

 

Se tu sentisses o que eu senti, dentro daquela casa…

 Onde o silêncio era o mundo;

 O teto negro de traves era o sol;

 As portas que rangiam nos gonzos enferrujados eram as pessoas;

 As lajes de breu eram os campos e as flores;

 As paredes, os monstros que devastavam a alegria. 

O vento sibilava sem tréguas na felicidade que destruía.

 A angústia, o desespero, a desolação acercavam-me, com o avançar das aranhas que me oprimiam, com as suas teias de aço frio e bruto. 

Não quero que sintas, o que eu senti!

Porque eu senti a GUERRA.

               

 

                                                                                          Diogo Sarmento nº6 12ºC